O profeta Miquéias viveu no século 8 a.C. e seu livro faz parte dos Doze profetas menores. Seu nome é uma forma abreviada da palavra hebraica “Mica EA Rua”, que significa “quem é como eterno”. A mensagem de Miquéias contém terríveis advertências, mas também oferece esperança de restauração para Israel e todas as nações. Neste estudo, discutiremos a história do profeta Miquéias e as lições que podemos aprender com ela.
Época de Miquéias
Miquéias proferiu suas profecias ao longo dos governos de Jotão, Acaz e Ezequias, monarcas de Judá. Jotão e Ezequias eram bons reis, mas Acaz era perverso. Miquéias começou sua carreira um pouco mais tarde do que seus contemporâneos Isaías e Oseias, mas sua mensagem era semelhante. Ele denunciou a idolatria, as práticas comerciais malignas, a desonestidade, a corrupção e a luta interna em Samaria e Jerusalém.
Deus advertiu que essas práticas pecaminosas seriam punidas com fome, guerra e cativeiro nacional. A menos que o povo se arrependesse, a punição inevitavelmente cairia sobre eles. Os governantes eram os principais culpados, pois eram responsáveis por levar o povo ao pecado. Apesar de possuírem conhecimento das leis de Deus, tanto religiosa, econômica quanto socialmente, Israel e Judá estavam em declínio. Infelizmente, a teimosia dessas nações e, em particular, de seus líderes, levou à tristeza, amargura e, no final, ao cativeiro nacional.
O livro de Miquéias é composto por sete capítulos e abrange vários temas. Ele começa com o anúncio do julgamento de Israel, passando pela condenação dos falsos profetas, ricos e poderosos por seus maus caminhos. Também aborda o reinado milenar de Cristo e o julgamento sobre os inimigos de Israel. Miquéias também apresenta a controvérsia de Deus com Israel, a iminente tristeza e punição por seus pecados, e o perdão de Deus após a confissão de Israel.
É interessante observar que há várias passagens do livro de Miquéias que são semelhantes a passagens do livro de Isaías. Embora não se saiba ao certo se um profeta tomou emprestado do outro ou se escreveram independentemente, é evidente que todas essas passagens foram inspiradas pelo mesmo Deus Criador.
Situações de Miquéias no Novo Testamento
A profecia do nascimento de Cristo como Messias e governante vindouro, mencionada por Miquéias, é citada no Novo Testamento, em Mateus 2:6. Isso mostra que as pessoas na época de Cristo entenderam e aceitaram que essa profecia se referia ao Messias. Outras passagens do Novo Testamento também fazem referência a Miquéias, incluindo advertências proféticas para Israel e Judá. As mensagens de advertência de Miquéias não eram populares, pois ele previu a destruição de Samaria pelos assírios, bem como a morte de Judá como nação e a devastação de Jerusalém.
Os líderes religiosos e civis foram especialmente culpados por seus atos perversos. Deus estava descontente com os habitantes da terra que professavam fidelidade a Ele por meio de uma demonstração externa de devoção e serviço religioso. Essa forma superficial de adoração era fútil e desprovida de amor e preocupação genuínos com Deus. Em vez disso, Deus falou através de seu profeta, instruindo-os a fazer justiça, amar a misericórdia e andar humildemente com Ele.
A Tragédia do Engano Religioso
As pessoas que viviam na época de Miquéias foram enganadas ao pensar que sua espiritualidade religiosa artificial e seu falso senso de retidão os salvariam da punição e retribuição. Apesar de suas transgressões e iniquidades, eles tinham a impressão equivocada de que, por terem Deus entre eles, escapariam das consequências de sua desobediência.
No entanto, Deus deixou claro que o pecado é a transgressão da lei e que o resultado ou salário do pecado é a morte. A afirmação de ser uma nação cristã, sem viver de acordo com a palavra de Deus, levará inevitavelmente a mais problemas e angústias em nível nacional.
A Importância de Colocar Deus em Primeiro Lugar
Jesus Cristo enfatizou a importância de colocar Deus em primeiro lugar. Quando questionado sobre como herdar a vida eterna, Ele respondeu que devemos amar o Senhor nosso Deus com todo o coração, alma, força e mente, e amar o próximo como a nós mesmos. Ele deixou claro que não são apenas aqueles que professam Seu nome que entrarão no reino de Deus, mas aqueles que fazem Sua vontade. Jesus advertiu contra a hipocrisia religiosa, enfatizando que não são as palavras ou as aparências externas que importam, mas sim as ações e a obediência à vontade de Deus.
Conclusão
A história do profeta Miquéias nos ensina lições importantes sobre a importância de viver em retidão, justiça e obediência a Deus. Suas advertências contra o engano religioso e a necessidade de colocar Deus em primeiro lugar são relevantes não apenas para as pessoas de sua época, mas também para nós hoje. Devemos examinar nossas próprias crenças e devoções religiosas à luz das escrituras e buscar uma vida de genuíno amor a Deus e aos outros. Afinal, como Miquéias nos lembra, Deus nos mostrou o que é bom: fazer justiça, amar a misericórdia e andar humildemente com Ele.
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