Jacó, o filho mais novo e gêmeo de Isaque e Rebeca, desempenhou um papel fundamental como um dos principais patriarcas do povo judeu, ao lado de seu pai Isaque e avô Abraão. A história de Jacó é narrada no livro de Gênesis, na Bíblia, ocupando vinte e cinco capítulos.
O nascimento de Jacó
Segundo relatos bíblicos, Jacó nasceu segurando o calcanhar de seu irmão gêmeo mais velho, Esaú. Daí o seu nome, Jacó, que em hebraico significa “aquele que agarra” ou “aquele que segura”. Essa designação é derivada do termo hebraico que se refere ao calcanhar. Acredita-se que o nome tenha sido uma abreviação intencional de um nome que significa “Deus proteja”.
O nascimento de Jacó é registrado no capítulo 25, versículos 21 a 28, do livro de Gênesis. Sua mãe, Rebeca, assim como sua avó Sara, enfrentou a esterilidade e esperou por filhos durante 20 anos. Seu marido, Isaque, intercedeu ao Senhor em favor dela, e Deus ouviu suas orações, abrindo o ventre de Rebeca, que concebeu os gêmeos Esaú e Jacó.
A promessa de Deus
Deus havia prometido a Abraão que, por meio de seu filho Isaque, faria dele uma grande nação. Apesar das dificuldades enfrentadas por Isaque e Rebeca em relação à gravidez, a promessa divina não foi frustrada, e, no tempo devido, o casal foi abençoado com filhos. Com o nascimento dos filhos de Isaque, a promessa de Deus estava sendo cumprida.
Embora Esaú fosse o primogênito dos gêmeos, e, naturalmente, esperasse-se que ele fosse o herdeiro da promessa divina feita aos seus pais, Deus, em sua infalível vontade, já havia determinado que Jacó seria o herdeiro. Isso é claramente registrado em Gênesis 25:23, onde o texto bíblico relata que o Senhor disse a Rebeca: “Duas nações estão no seu ventre, e dois povos se separarão de suas entranhas; um povo será mais forte do que o outro, e o mais velho servirá o mais novo”.
A traição de Esaú e a bênção paterna
Na antiga cultura do Oriente Médio, o filho primogênito geralmente herdava pelo menos o dobro das posses do pai em relação aos outros irmãos. Além disso, ele também recebia uma série de privilégios, incluindo a posição de líder social e religioso da família.
Em um determinado dia, aproveitando-se da fome de seu irmão Esaú, que havia acabado de voltar do campo, Jacó comprou dele o direito de primogenitura e insistiu em um juramento. Descobertas arqueológicas confirmam que, naquela época, na Mesopotâmia, o direito de primogenitura podia ser negociado. Não se sabe se houve algum tipo de registro oficial dessa negociação no caso de Esaú e Jacó, mas a Bíblia menciona que foi feito um juramento, e, em muitos casos, tais juramentos eram válidos perante um tribunal da Lei.
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Posteriormente, Isaac, já idoso, decidiu transmitir sua bênção patriarcal. Ele pediu a Esaú que preparasse seu prato favorito. Sabendo disso, Rebeca instruiu Jacó sobre como proceder para obter aquela bênção. Assim, aproveitando-se da cegueira de seu pai, Jacó se passou por Esaú e recebeu a bênção de Isaac.
Quando Isaque e Esaú descobriram o que havia ocorrido, não havia mais nada a ser feito. A bênção sobre a vida de Jacó era inalterável e permanente, o que provocou uma intensa ira em Esaú quando ele percebeu que havia sido enganado por Jacó. Para escapar da ira de seu irmão, Jacó partiu para a casa de seus parentes em Arã.
O encontro com Deus
Durante sua jornada, Jacó teve um encontro significativo com Deus. Ele sonhou com uma escada que se estendia da terra ao céu, com anjos subindo e descendo por ela. Nesse sonho, Deus se revelou a Jacó e renovou as promessas feitas a Abraão e Isaque. Deus prometeu que daria a Jacó a terra em que ele estava deitado, multiplicaria sua descendência e abençoaria todas as nações por meio dele.
Após esse encontro, Jacó continuou sua jornada e eventualmente chegou à casa de seu tio Labão em Harã. Lá, ele se apaixonou por Raquel, filha de Labão, e trabalhou por sete anos para se casar com ela. No entanto, Labão o enganou e deu-lhe sua outra filha, Lia, em casamento. Jacó concordou em trabalhar por mais sete anos para se casar também com Raquel.
A descendência de Jacó
Jacó acabou se casando com Raquel e Lia, além de suas servas, e teve doze filhos, que se tornaram os pais das doze tribos de Israel. Seus filhos incluíam Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim.
Após trabalhar por muitos anos para Labão, Jacó decidiu retornar à sua terra natal. No caminho de volta, ele se reconciliou com Esaú, que o recebeu de volta de braços abertos. Jacó também teve outro encontro com Deus, onde lutou com um homem durante a noite e foi abençoado com um novo nome, Israel, que significa “aquele que luta com Deus”.
As lutas da vida de Jacó
A vida de Jacó foi marcada por desafios, enganos e lutas, mas também por encontros significativos com Deus e pelo cumprimento das promessas divinas. Ele é lembrado como um dos patriarcas do povo judeu e um exemplo de fé e perseverança.
O encontro no riacho de Jaboque foi um momento crucial na vida de Jacó, onde ele travou uma luta durante toda a noite com um homem misterioso. Essa passagem bíblica, descrita em (Gênesis 32:22-32), revela a determinação de Jacó em buscar a bênção divina, mesmo que isso resultasse em uma lesão física. Ao romper do dia, o homem deslocou a coxa de Jacó, mas Jacó perseverou e recebeu uma bênção que transformou sua vida. Deus mudou seu nome para Israel, que significa “aquele que luta com Deus”, simbolizando seu encontro divino e sua perseverança espiritual.
Mais tarde, Deus apareceu novamente para Jacó e reafirmou a mudança de seu nome (Gênesis 35:9-15). Apesar dos desafios enfrentados por Jacó, como o problema envolvendo sua filha Diná e a perda de sua esposa Raquel, ele continuou a confiar em Deus e a enfrentar os obstáculos da vida. A história de Jacó nos ensina sobre a importância da fé e da perseverança diante das adversidades.
O reencontro com Esaú
Após o encontro no riacho de Jaboque, Jacó finalmente se encontrou com seu irmão Esaú. Apesar do clima tenso, o encontro dos dois irmãos foi marcado por grande ternura (Gênesis 33:1-11). A reconciliação entre Jacó e Esaú é um exemplo de como a graça divina pode superar conflitos e restaurar relacionamentos.
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Conclusão
Jacó enfrentou muitos desafios ao longo de sua vida, mas também experimentou momentos de alegria e reencontro, como quando se reuniu com seu filho José no Egito. Jacó abençoou seus filhos e netos, formando as doze tribos de Israel, e seu legado continua até os dias de hoje.
Jacó é mencionado em várias passagens bíblicas, incluindo as genealogias nos Evangelhos de Mateus e Lucas, onde é citado como um dos patriarcas notáveis do povo de Israel. O próprio Senhor Jesus faz referência a Jacó em Êxodo 3:6, afirmando ser o Deus de Abraão, Isaque e Jacó.
A vida de Jacó nos inspira a confiar em Deus em meio às dificuldades e a buscar a Sua bênção, mesmo que isso envolva lutas e desafios. Sua história nos ensina sobre fé, perseverança e a importância de buscar a Deus em todas as circunstâncias.
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