NOVO TESTAMENTO: Resumo Completo dos Livros

A Vinda de Jesus

Hoje você vai aprender a história do Novo Testamento de uma forma que talvez você nunca viu. Tenho certeza que até o final desse estudo você será iluminado com as escrituras. Tudo que será ensinado aqui está contido no livro “Panorama da História Cristã“, escrito pelo Pastor Hernandes Dias Lopes.

Nascimento e Ministério de Jesus

Jesus, na plenitude dos tempos, cumprindo as profecias bíblicas, nasceu em Belém da Judeia. O Verbo eterno se fez carne e tabernáculo entre os homens. Ele viveu conosco, cheio de bondade e verdade. Jesus se tornou humano, sendo humilde, compartilhando nossa vida, comendo, bebendo, sentindo nossa dor, chorando nossas lágrimas. Ele carregou nossos pecados na cruz e ressuscitou para nos dar salvação.

Tanto a cultura helênica quanto a romana se uniram à contribuição dos judeus na vinda do Messias ao mundo. Quando Jesus nasceu, a Palestina era controlada pelos romanos. Com medo de Herodes, José e Maria levaram Jesus para o Egito, onde ficaram até o rei cruel morrer. Voltaram do Egito e fixaram-se em Nazaré, cidade onde haviam morado anteriormente. Ali Jesus cresceu como filho de um carpinteiro e, aos 30 anos de idade, deu início ao seu ministério, tendo sido batizado no Jordão por João Batista, identificando-se assim com os pecadores aos quais veio salvar.

Ministério de Jesus

Ali no Jordão, enquanto Jesus orou, os céus se abriram e o Pai falou: “Este é o meu filho amado, em quem me comprazo”. Nesse mesmo instante, o Espírito Santo desceu sobre ele em forma de pomba, revestindo-o com poder para dar início ao seu Ministério. Do Jordão, Jesus foi conduzido ao deserto pelo Espírito Santo, onde jejuou por 40 dias e 40 noites, tempo em que foi tentado pelo diabo por três vezes. O diabo investiu contra Jesus para derrubá-lo, mas o filho o venceu no deserto, usando sempre a espada do Espírito, a palavra de Deus. O diabo derrubou o primeiro Adão no Paraíso, mas foi derrotado pelo segundo Adão no deserto.

Jesus, cheio do Espírito Santo, seguiu para a Galileia, chegando a Nazaré, onde viveu a maior parte da sua vida terrena. Entrou na sinagoga, tomou o rolo do Livro de Isaías e leu: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para pregar, para curar e para libertar”.

Jesus chamou 12 homens, aos quais deu o nome de Apóstolos, investindo a maior parte do seu tempo para treiná-los e discipulá-los. Percorreu a Galileia, a Pereia, Samaria e a Judeia. Pregou nas cidades, nas vilas e nos campos. Pregou nas sinagogas e no templo. Jesus pregou em vários lugares, ao ar livre, na praia e até mesmo em casas. Ele falou para grandes multidões e também para pequenos grupos.

Em sua jornada, Jesus fez o bem por onde passava, libertando as pessoas do poder do mal. Ele curou os doentes, alimentou os famintos, restaurou a visão dos cegos, permitiu que os paralíticos andassem, restaurou a audição dos surdos, purificou os leprosos, expulsou demônios e até mesmo trouxe os mortos de volta à vida. Ele foi a suprema revelação de Deus aos homens, recebendo o nome de Emanuel, Deus conosco. Ele é o próprio Deus manifestado em carne.

A Missão de Jesus

Jesus veio com uma missão definida, morrer por todos aqueles que o Pai lhe deu. Ele nasceu para morrer, ele morreu para que pudéssemos viver. O apóstolo Paulo foi enfático em dizer que ele morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras. Jesus foi colocado no túmulo e, como está escrito nas Escrituras, ressuscitou ao terceiro dia. Sua morte não foi algo inesperado, e sua ressurreição estava de acordo com o plano divino.

Apesar das tentativas do diabo para impedi-lo de ir para a cruz, Jesus enfrentou sua morte com determinação, como um rei indo para sua coroação. Na cruz, Jesus esmagou a Ele esmagou a cabeça da serpente e venceu sobre os poderes malignos, demonstrando sua superioridade. Na cruz, Jesus consumou a obra da redenção. Na cruz, ele nos libertou. A morte não conseguiu segurá-lo. No terceiro dia, Jesus ressuscitou para nos tornar justos perante Deus..

Antes de subir aos céus, porém, instruiu os discípulos a permanecerem em Jerusalém, aguardando a promessa do Pai, até que fossem revestidos de poder. Em Atos Capítulo 1 Versículo 8, Jesus fala sobre a capacitação de poder dada pelo Espírito Santo e dá também a estratégia de ação a ser seguida: ser testemunha Isso ocorreu não apenas em Jerusalém, mas em toda a Judeia, Samaria e até nos lugares mais distantes da terra.

A Igreja Primitiva

Depois do Pentecostes, a igreja explodiu em Jerusalém, num crescimento espantoso. Multidões eram convertidas e agregadas a ela. O crescimento e a ação da igreja são registrados por Lucas até o Capítulo 7 do livro de Atos. Como a igreja estava apenas na Judeia, Deus permitiu uma perseguição que a dispersou, fazendo com que os crentes espalhassem a palavra por onde quer que fossem.. Assim é que Filipe chegou a Samaria, quebrando os muros de inimizade e pregando ali o Evangelho com poder. O povo se alegrava ao ouvir e ver os sinais operados por intermédio de Filipe, o diácono pregador. Ele falava e fazia, pregando aos ouvidos e aos olhos.

Pela imposição de mãos dos apóstolos Pedro e João, os samaritanos também receberam o Espírito Santo. O Evangelho se espalhou para fora de Israel com a conversão de Saulo de Tarso, que antes perseguia a igreja, durante sua jornada para Damasco. Mais tarde, uma igreja gentílica, a igreja de Antioquia da Síria, tornou-se a mãe das missões transculturais. Depois disso, Barnabé e Saulo partiram para a primeira viagem missionária, nas regiões da Galácia, passando por Perge, Derbe, Icônio e Listra. Estabeleceram igrejas e constituíram presbíteros.

Nas viagens missionárias, Paulo e Silas, por orientação divina, foram para as províncias da Macedônia e Acaia, plantando igrejas em Filipos, Tessalônica, Bereia e Corinto. De Antioquia da Síria, Paulo escreveu a carta aos Gálatas, Corinto e as duas cartas para os Tessalonicenses.

Nas viagens missionárias, Paulo visitou a província da Ásia Menor, permanecendo 3 anos em Éfeso, a capital da província, de onde escreveu as duas cartas à igreja de Corinto. Nessa cidade cosmopolita, de mais de 300 mil habitantes, havia o Templo da deusa Diana, um palácio de mármore quatro vezes maior do que o Partenon de Atenas, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Durante os anos em que Paulo esteve na capital da Ásia Menor, ele ajudou a estabelecer igrejas em toda a província, incluindo as de Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia, Laodiceia, Colossos e Hierápolis.

Em virtude da fome que assolou o mundo no tempo do imperador Cláudio, os judeus foram expulsos de Roma, conforme registrado no livro de Atos Capítulo 18 Versículo 2. Paulo organizou uma grande coleta entre as igrejas formadas por não judeus para ajudar os pobres na região da Judeia. Ao embarcar rumo a Jerusalém, comunicou aos presbíteros de Éfeso que de cidade em cidade o que lhe aguardava eram cadeias e tribulações. Não obstante, não levou em conta sua própria vida para cumprir seu ministério de anunciar o Evangelho da Graça de Deus.

Antes de embarcar para Jerusalém, Paulo escreveu sua mais robusta epístola, a carta aos Romanos, onde compartilhou seu desejo de visitar a capital do império e repartir com a igreja a palavra. Sendo por ela enviado até a Espanha, mesmo levando significativa ajuda financeira aos pobres da Judeia.

Paulo foi preso em Jerusalém e dali transferido para Cesareia, onde foi acusado durante dois anos pelos judeus, sob a égide dos governadores Félix e Festo. Em face da tendência de Festo de entregá-lo nas mãos do sinédrio, que planejava sua morte, Paulo, usando os privilégios de sua cidadania romana, optou por ser julgado em Roma. Na viagem para a capital do império, enfrentou um terrível naufrágio. O navio se despedaçou por inteiro, porém todos os passageiros e tripulantes foram salvos miraculosamente, conforme promessa de Deus a Paulo.

Na ilha de Malta, onde chegaram, uma víbora picou a mão de Paulo, mas Deus neutralizou o veneno letal da cobra e ainda usou seu servo para curar todos os enfermos da ilha. Assim, os malteses enviaram Paulo a Roma com todas as suas necessidades supridas. Ali, permaneceu preso durante dois anos, em uma casa alugada. Dali, Paulo evangelizou a guarda pretoriana, estimulou os crentes a trabalhar e escreveu cartas para Efésios, Filipenses, Colossenses e para Filemon.

Depois desse tempo, Paulo foi solto da prisão e escreveu a Primeira Carta a Timóteo e a Carta a Tito.

Mas, a partir do ano 64, a perseguição à igreja, em vez de ser religiosa, passou a ser política. Após isso, Paulo voltou para a prisão, onde foi mantido em um lugar escuro, úmido e insalubre, como uma masmorra subterrânea. Em 17 de julho do ano 64, Roma, uma cidade com mais de 1 milhão de habitantes, foi incendiada.

O imperador Nero, disfarçado de ator, assistiu ao incêndio do alto da torre de Mecenas. Foram sete noites e seis dias de incêndio. Quando as chamas apagaram, 70% da cidade estava destruída. Dos 14 bairros de Roma, 10 deles foram devastados pelas chamas. Os quatro bairros restantes, densamente povoados por judeus e cristãos, deram a Nero um álibi para colocar a culpa do incêndio de Roma nos cristãos. Começa então uma brutal perseguição à igreja. Havia tantos crentes sendo crucificados que faltou madeira para fazer as cruzes. Os crentes eram amarrados em postes cobertos de piche e queimados vivos para iluminar as noites de Roma. Foi um verdadeiro massacre.

Dessa segunda prisão, Paulo escreveu a sua última epístola, a segunda carta a Timóteo. Nela, relatou a chegada do seu próprio martírio e a gloriosa esperança de tomar posse da coroa da justiça. Assim, por volta do ano 67, o veterano apóstolo foi degolado, deixando, porém, para as gerações pósteras, um bendito legado.

Os Escritos do Novo Testamento

O Novo Testamento foi escrito num período de 50 anos. Existem quatro livros biográficos sobre a vida de Jesus, chamados Evangelhos, e três deles são chamados de sinópticos, o que significa que são vistos a partir de uma perspectiva semelhante. Esses são Mateus, Marcos e Lucas.

A ênfase de Mateus é apresentar Jesus como Rei dos Judeus. Escrito para os judeus, tem o maior volume de citações do Antigo Testamento. É o mais judaico dos Evangelhos.

A ênfase de Marcos é apresentar Jesus como servo. Escrito para os romanos, é o Evangelho que se concentra nas obras de Jesus, mais do que nos seus ensinos.

O Evangelho de Lucas tem como foco principal retratar Jesus como o Filho do Homem. Escrito para os gregos, por um médico, historiador e viajante, tem como propósito apresentar o retrato de Jesus como o homem perfeito. Por isso, Lucas é o evangelista que mais fala da vida de oração de Jesus e do seu ministério realizado no poder do Espírito Santo.

João, ao escrever seu evangelho no final do primeiro século, tinha como objetivo refutar o gnosticismo, uma heresia que negava a divindade de Cristo. Ele adota uma abordagem distinta dos outros evangelhos para provar que Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. João selecionou sete milagres operados por Jesus e sete declarações “Eu Sou”, provando que ele tem os mesmos atributos de Deus e realiza as mesmas obras dele.

No Novo Testamento, há também o livro histórico de Atos, que relata os acontecimentos relacionados à Igreja Primitiva, desde o seu início até sua disseminação até Roma. Três igrejas lideraram esse avanço: Jerusalém, Antio e Éfeso. Quatro províncias do império foram alcançadas: Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia Menor.

O livro de Atos não tem conclusão, pois a história da igreja continua. Nós, como cristãos, continuamos a tradição da igreja que teve início no Pentecostes.

Temos também as cartas do apóstolo Paulo às igrejas de Roma, Gálatas, Éfeso, Filipenses, Colossenses e Tessalonicenses. Bem como suas cartas pessoais a Timóteo, Tito e Filemon.

Temos ainda uma carta enviada aos judeus que estavam sendo tentados por causa da perseguição a retroceder na fé, que é a carta aos Hebreus, de autor desconhecido.

Temos também as cartas gerais, escritas por Tiago, Pedro, João e Judas.

Finalmente, temos um livro escatológico, o Apocalipse, que narra a vitória triunfal de Cristo e de sua igreja. Escrito por intermédio do apóstolo amado chamado João, enquanto se encontrava preso na ilha de Patmos, por volta do ano 96.

Espero que você tenha aprendido sobre essa história. Deus abençoe sua vida! Se você ainda não aceitou Jesus como seu Salvador, ainda dá tempo. Arrependa-se! Ele pode mudar seu futuro, sua história. Ele pode tirar de você toda a tristeza, toda solidão, e te proporcionar o que você precisa. Entre no teu quarto, feche a porta e fala com Deus. Ele vai te ouvir. Deus abençoe!

Se você gostou do estudo, não esqueça de curtir e se inscrever no canal Filhos da oração e ativar as notificações do blog para receber mais estudos como esse. Conheça a maior e melhor academia teológica do Brasil Clicando Aqui.

Ouça o Livro do Apocalipse ilustrado também

Descubra como ativar o poder da oração em sua vida CLICANDO AQUI 

Veja também: VELHO TESTAMENTO: A História do Antigo Testamento
Anúncios