A Idade Média é também conhecida como a história da Idade das trevas da Igreja. Neste estudo, discutiremos sobre a decadência da igreja depois de ter sofrido intensas perseguições por parte do Império Romano. Através do livro “Panorama da História Cristã“, escrito pelo Pastor Hernandes Dias Lopes, teremos uma visão ampla e detalhada desse período. É importante ressaltar que o crescimento e a transformação da igreja, mesmo diante de tamanha perseguição, é um tema fascinante e demonstra a força e a resiliência da fé cristã.
Período de Perseguição
O período de perseguição da igreja abrange desde o ano 64, no Império de Nero, quando ocorreu o incêndio em Roma, até o ano 313, quando o imperador romano Constantino proclamou o édito de Milão. Durante esse tempo, os cristãos foram perseguidos e muitos foram mortos, torturados e jogados no Coliseu para serem devorados por leões. No entanto, mesmo diante dessa terrível perseguição, a igreja continuou crescendo. Quanto mais cristãos eram mortos, mais cristãos surgiam. Deus sempre providenciou crescimento para a igreja, mesmo nas circunstâncias mais difíceis.
A Mudança com Constantino
A partir do imperador romano Constantino, o cristianismo deixou de ser uma religião perseguida para se tornar a religião oficial do Império Romano. Os cristãos passaram de perseguidos para privilegiados, de espoliados para ajudados. A porta de entrada para a igreja deixou de ser a conversão, mas sim a conveniência. Antes, confessar o nome de Cristo significava expor a vida ao martírio, mas depois significava proteção e segurança. A declaração do cristianismo como religião oficial do Império Romano trouxe vantagens, como o rápido crescimento numérico da igreja, a isenção de encargos públicos, a proibição de sacrifícios pagãos em casas particulares, entre outros benefícios.
A Paganização da Igreja
No entanto, a decisão de tornar o cristianismo a religião oficial do império teve consequências trágicas para a igreja. A porta de entrada para a igreja deixou de ser a conversão para ser a conveniência. Muitas pessoas passaram a frequentar a igreja não porque estavam convencidas de seus pecados ou porque haviam recebido a Cristo como Senhor, mas sim pelas bênçãos que recebiam. Além disso, essas pessoas traziam consigo toda a bagagem do paganismo politeísta. Não demorou muito para que a igreja fosse contaminada com heresias e começasse a perder sua identidade cristã fiel a Jesus e ao ensino dos Apóstolos.
O Concubinato entre Igreja e Estado
Outra consequência da declaração do cristianismo como religião oficial do Império Romano foi o concubinato entre a igreja e o estado. O imperador passou a ser o chefe da igreja e do estado, e a igreja perdeu seu poder espiritual, buscando preencher o vazio com poder econômico e político. A igreja ficou rica, cheia de luxo e importante, mas esqueceu de onde vinha sua força vital. Ela tinha dinheiro, mas faltava-lhe conexão espiritual verdadeira. Recebia a aprovação dos líderes poderosos, mas não estava em sintonia com as bênçãos do divino.
A Disputa de Poder entre os Bispos
Além disso, ocorreu uma disputa acirrada por preeminência e predominância de poder entre os bispos das cinco principais cidades do mundo: Roma, Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Jerusalém. Essa disputa foi marcada por rivalidade e brigas por poder. No ano 604, o imperador Focas concedeu ao bispo de Roma, Gregório I, o título de bispo universal. Gregório recusou o título, alegando que aqueles que o aceitassem deveriam ser considerados anticristos. No entanto, em 607, Bonifácio III aceitou o título, criando assim a instituição do papado. A partir dessa data, a igreja romana começou a se consolidar sob o comando do Papa.
A Fundamentação do Papado
A fundamentação do papado é baseada em uma interpretação equivocada de Mateus 16:18, onde Jesus diz: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Existem três interpretações sobre o significado dessa pedra fundamental. Alguns acreditam que Pedro é a pedra, outros dizem que a pedra é a declaração de Pedro, onde ele afirma que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus Vivo. Porém, a interpretação correta é que a pedra é o próprio Cristo.
A Pedra é Cristo
Essa metáfora é usada somente para Deus nas Escrituras. Portanto, Jesus está dizendo que Pedro é um fragmento de pedra, mas sobre esta Rocha, que sou Eu, edificarei a minha igreja. É importante ressaltar que o próprio Pedro testemunha que Jesus Cristo é a pedra. Em Atos 4:11, Pedro declara: “Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina”. Em sua primeira carta, Pedro também afirma que Jesus é a pedra (1 Pedro 2:4-8).
A Usurpação do Papado
O papado usurpa o lugar da Trindade ao atribuir a si mesmo títulos e funções que pertencem somente a Deus. O papa se autodenomina “pai da cristandade”, afrontando a palavra de Deus que diz para não chamarmos ninguém de pai além do Pai Celestial (Mateus 23:9). Além disso, o papa usurpa o lugar de Jesus Cristo ao se declarar a pedra fundamental da igreja, o chefe da igreja militante, triunfante e purgante, e o sumo pontífice. A Bíblia é clara ao afirmar que Jesus é o único mediador entre Deus e os homens (1 Timóteo 2:5).
Documentos Espúrios
O romanismo se baseia em documentos espúrios para consolidar a instituição do papado. O Canon Nisseno reconhecia a paridade de jurisdição de Alexandria, Antioquia e Roma. Porém, uma tradução latina posterior afirmava que Roma sempre teve o primado. O Papa Nicolau I fortaleceu o papado com vários documentos falsos e forjados, que foram usados por 600 anos como prova da supremacia papal sobre a igreja e o estado. Esses documentos foram incorporados ao direito canônico e serviram como base para a instituição do papado.
A Ascensão e Queda do Sacro Império Romano
O catolicismo foi elevado a uma posição de poder mundial com as doações de terras à igreja por Carlos Magno no ano de 774, surgindo assim o Sacro Império Romano sob a autoridade do Papa-rei. No entanto, na hora da morte de Carlos Magno, ele se arrependeu de ter doado territórios aos papas. O papado esteve 70 anos em Avinhão, na França, e voltou a ocupar o Vaticano no ano de 1377, trazido por Gregório XI. O Sacro Império Romano chegou ao fim no dia 20 de setembro de 1870, quando Vítor Emanuel derrotou as tropas do Papa, confinando-o no Vaticano. Somente em 1929, Mussolini e Pio XI legalizaram o estado do Vaticano.
A Perseguição aos Verdadeiros Cristãos
Além de usurpar o lugar da Trindade, os papas muitas vezes lutaram para perseguir aqueles que professavam uma fé genuína nas Escrituras. Assim como os fariseus nos tempos de Jesus, eles exterminaram os cristãos albigenses na França, e na Espanha mais de 300.000 foram martirizados e mais de 2 milhões foram banidos. Carlos I, no período de 1500 a 1550, eliminou por ordem do Papa 50.000 cristãos alemães. Essa perseguição era justificada pelo papado como uma forma de ensinar e educar os cristãos.
A história da igreja pode ser dividida em diferentes períodos, cada um com suas características e desafios. Desde os tempos dos Padres da Igreja até a Idade Média, a igreja enfrentou perseguições, mudanças políticas e desvios doutrinários. Nesse estudo a seguir, discutiremos sobre a Reforma Protestante, um dos maiores movimentos de renovação da igreja. É importante lembrar que, apesar das adversidades, a igreja sempre teve um remanescente fiel e Deus sempre soprou seu Espírito para trazer vida e renovação.
Espero que este estudo tenha ajudado você a entender um pouco mais sobre a decadência da igreja após a perseguição sofrida pelo Império Romano. Se você ainda não aceitou Jesus como seu Salvador, saiba que Ele pode mudar o seu futuro e transformar a sua vida. Basta você se arrepender e abrir o seu coração para Ele. Se inscreva em nosso canal no YouTube, precisamos do seu apoio lá também. Que Deus abençoe a sua vida! Conheça a maior e melhor academia teológica do Brasil Clicando Aqui.
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